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El Sueño Del Celta por Mario Vargas Llosa
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El Sueño Del Celta (original 2010; edição 2010)

por Mario Vargas Llosa (Autor)

MembrosCríticasPopularidadeAvaliação médiaMenções
1,0774818,709 (3.69)90
"In 1916, the Irish nationalist Roger Casement was hanged by the British government for treason. Casement had dedicated his extraordinary life to improving the plight of oppressed peoples around the world--especially the native populations in the Belgian Congo and the Amazon--but when he dared to draw a parallel between the injustices he witnessed in African and American colonies and those committed by the British in Northern Ireland, he became involved in a cause that led to his imprisonment and execution. Ultimately, the scandals surrounding Casement's trial and eventual hanging tainted his image to such a degree that his pioneering human rights work wasn't fully reexamined until the 1960s."--Dust jacket.… (mais)
Membro:franhuer
Título:El Sueño Del Celta
Autores:Mario Vargas Llosa (Autor)
Informação:Alfaguara (2010), Edition: SantillanaEdicionesGenerales978607110703
Coleções:A sua biblioteca
Avaliação:
Etiquetas:por leer

Informação Sobre a Obra

O sonho do Celta por Mario Vargas Llosa (2010)

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Li com bastante interesse o mais recente livro de Mário Vargas Llosa, o prémio Nobel da literatura deste ano. Não só porque sou admirador de Vargas Llosa, mas também porque O Sonho do Celta, é esse o título, aborda a vida de Roger Casement, um dos heróis do nacionalismo irlandês e da independência do Eire. Sou, desde há anos, muito interessado pela biografia de Casement. O que primeiro me chamou a atenção na sua biografia foi o facto de ter sido cônsul de Inglaterra em Lourenço Marques, ainda no século XIX, mas o que me fez realmente interessar foi a sua vida extraordinária: pioneiro dos direitos humanos, denunciou, consecutivamente, as condições esclavagistas em que eram tratados os indígenas empregados pelas grandes companhias exploradoras da borracha, primeiro no Congo, onde teve de afrontar o poder e a popularidade de Leopoldo II, e depois na Amazónia peruana.

Estes trabalhos valeram-lhe um título outorgado pela coroa britânica, que chegou numa fase em que Casement estava muito envolvido com o nacionalismo irlandês, cuja submissão colonial a Inglaterra não era, na sua opinião, diferente das outras formas cruéis de colonialismo que conheceu em África e na América do Sul. Durante a I Grande Guerra Roger Casement envolveu-se com a Alemanha no sentido de coordenar um ataque simultâneo a Inglaterra, o que lhe valeu uma acusação de traição. Foi preso quando desembarcava de um submarino alemão nas costas da Irlanda, julgado, e executado através de enforcamento na cadeia londrina de Pentonville.

A sua condição de homossexual, e o facto de anotar todos os seus encontros sexuais num diário que foi encontrado, e usado, pelos ingleses, acrescentou infâmia à injúria, e Roger Casement, apesar de ter morrido em 1916, na sequência da revolta da Páscoa, em Dublin, apenas nos anos 60 viu o seu nome reabilitado como herói do nacionalismo irlandês.

Quanto à obra de Vargas Llosa, trata-se de uma biografia romanceada, mais do que de um romance biográfico. Ou seja, o livro é sobretudo fruto de uma investigação sobre Roger Casement, e sobre as causas e campanhas em que esteve envolvido. Percebe-se que, mais do que a biografia do irlandês, o que interessou ao escritor peruano foi a reflexão que a sua biografia possibilitou sobre o colonialismo europeu de finais do século XIX princípios de XX, e o facto de as elites europeias se suportarem sobre o horror da exploração das riquezas mas sobretudo das populações dos territórios colonizados. O que não admira, sabendo-se que Llosa é um peruano (e parte substancial do livro tem, como já referi, por cenário a Amazónia peruana) que vive na Europa, e para mais é um escritor que nunca deixou de ter uma forte intervenção política, seja através do discurso seja mesmo da acção.

Mas o facto de isto ser assim não impede Llosa de tratar com generosidade, dignidade e respeito a personagem de Roger Casement, traçando dele um perfil feito de gosto de aventura, de vocação de mundo, e de um profundo humanismo. Além disso trata com sentido e bom gosto a questão da homossexualidade, sem a escamotear e sem a diabolizar. A propósito deste aspecto vale a pena referir que um dos pontos mais controvertidos acerca da biografia de Casement tem a ver com a autenticidade dos chamados 'black diaries', precisamente o conjunto de diários em que Roger Casement apontava os seus encontros sexuais, com a mesma secura de linguagem que usava nos 'white diaries', os seus apontamentos sobre as campanhas humanitárias em que participou. A forma como as autoridades inglesas utilizaram o diário para denegrir o carácter de Casement e desencorajar as campanhas humanitárias que foram feitas a favor da comutação da pena capital, levaram a que muitos defendessem que se tratava de um documento forjado. Apenas recentemente foi estabelecida a sua autenticidade, que Vargas Llosa aceita, mas defendendo que a maior parte dos relatos não passavam de fantasias: Casement escrevia, não sobre o que de facto lhe tinha acontecido, mas sobre o que ele gostaria que tivesse acontecido. É interessante, porque esta teoria de Llosa transformaria os diários numa espécie de literatura erótica avant la lettre.

Não sendo defraudadas as expectativas quanto à aproximação à biografia de Roger Casement, o livro de Vargas Llosa está, todavia, sempre mais perto do ensaio do que do romance. Mesmo nas partes em que o escritor mais descola da verdade factual, como as reconstruções dos encontros na prisão, enquanto aguarda a execução, e que são capítulos mais curtos que o livro vai intercalando com aqueles em que se reconstrói o biografia de Casement, mesmo nessas partes a escrita está longe do fulgor literário que, por exemplo, transforma As Travessuras da Menina Má num romance inolvidável. ( )
  innersmile | May 6, 2011 |
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Nome do autorPapelTipo de autorObra?Estado
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Casès, Anne-MarieTradutorautor secundárioalgumas ediçõesconfirmado
Felici, GlaucoTradutorautor secundárioalgumas ediçõesconfirmado
Glastra Van Loon, AlineTradutorautor secundárioalgumas ediçõesconfirmado
Grossman, EdithTradutorautor secundárioalgumas ediçõesconfirmado
Risvik, KjellTradutorautor secundárioalgumas ediçõesconfirmado
Rodriguez, CristinaTradutorautor secundárioalgumas ediçõesconfirmado
Schmidt, Rigmor KappelTradutorautor secundárioalgumas ediçõesconfirmado
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Epígrafe
Dedicatória
Primeiras palavras
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Cuando abrieron la puerta de la celda, con el chorro de luz y un golpe de viento entró también el ruido de la calle que los muros de piedra apagaban y Roger se despertó, asustado.
Citações
Últimas palavras
Nota de desambiguação
Editores da Editora
Autores de citações elogiosas (normalmente na contracapa do livro)
Língua original
DDC/MDS canónico
LCC Canónico

Referências a esta obra em recursos externos.

Wikipédia em inglês (1)

"In 1916, the Irish nationalist Roger Casement was hanged by the British government for treason. Casement had dedicated his extraordinary life to improving the plight of oppressed peoples around the world--especially the native populations in the Belgian Congo and the Amazon--but when he dared to draw a parallel between the injustices he witnessed in African and American colonies and those committed by the British in Northern Ireland, he became involved in a cause that led to his imprisonment and execution. Ultimately, the scandals surrounding Casement's trial and eventual hanging tainted his image to such a degree that his pioneering human rights work wasn't fully reexamined until the 1960s."--Dust jacket.

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