Enquadrada na zona rural de Ohio e Virgínia Ocidental, a história decorre durante um período desde o final da Segunda Guerra Mundial até meados de 1960.

Pollock pinta um retrato vívido de pequenas cidades e quintas isoladas onde a esperança e a oportunidade são conceitos totalmente estrangeiros.
Estamos dentro do livro e ao nosso redor as personagens são na sua maioria pobres, alguns dos quais com pouca sorte e outros simplesmente maus até aos ossos.

“ɪᴛ’ꜱ ʜᴀʀᴅ ᴛᴏ ʟɪᴠᴇ ᴀ ɢᴏᴏᴅ ʟɪꜰᴇ. ɪᴛ ꜱᴇᴇᴍꜱ ʟɪᴋᴇ ᴛʜᴇ ᴅᴇᴠɪʟ ᴅᴏɴ’ᴛ ᴇᴠᴇʀ ʟᴇᴛ ᴜᴘ.”

Encontramo-nos então no inferno.

Aqui Willard Russell reza com o seu filho Arvin, debruçados num tronco caído de uma velha árvore. Reza pela sua esposa. Reza diariamente com empenho, como se o resultado disso ditasse a resolução.
Observamos também um pregador comedor de aranhas, que está convencido de que pode trazer de volta os mortos.
Ou um casal que dá boleia a caminhantes, fotografam-nos, e posteriormente...
Um xerife, que reconhece que ser a lei num município desfavorecido tem as suas vantagens.
Como irão cruzar todos os seus caminhos?

“ɪᴛ'ꜱ ᴀʟᴍᴏꜱᴛ ʟɪᴋᴇ ᴇᴠᴇʀʏᴛʜɪɴɢ ʜᴀᴘᴘᴇɴᴇᴅ ꜱᴏ ᴡᴇ'ᴅ ᴍᴇᴇᴛ ᴇᴀᴄʜ ᴏᴛʜᴇʀ.”

Algumas das pessoas abraçaram o diabo de bom grado. Alguns tentaram ficar à sua frente, mas foram apanhados no seu ataque sem remorsos. Os seus contos e os seus antecedentes vividamente detalhados, é o que se encontra neste livro.

Há muita ação brutal, mas a história é tão bem contada que Pollock atrai praticamente desde a primeira linha. E embora seja muito difícil simpatizar com muitas das personagens, vira-se a última página com um profundo sentimento de pesar, pelo facto de o livro ter terminado. ( )