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A carregar... Confessions (Oxford World's Classics) (edição 2009)por Saint Augustine (Autor), Henry Chadwick (Tradutor)
Informação Sobre a ObraConfessions por Saint Augustine (Author)
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Adira ao LibraryThing para descobrir se irá gostar deste livro. Ainda não há conversas na Discussão sobre este livro. «O êxito, o valor e a sedução das Confissões estão sobretudo no facto de nelas Santo Agostinho confessar com sinceridade, humanismo e flagrância os problemas da sua vida de homem religioso e atormentado, que são afinal os problemas de todos nós. As suas dúvidas, interrogações e repostas, sendo ecos da vida humana, reflectem também ecos da nossa vida e por isso permanecem vivas e actuais.» Lúcio Craveiro da Silva, S.J. «Talvez que a mais profunda actualidade de Agostinho resida, justamente, no seu fantástico e sublime anacronismo. Queremos dizer, na sua incompatibilidade profunda - ao menos na aparência - com a pulsão cultural que domina hoje não apenas o Ocidente mas o mundo inteiro.» Eduardo Lourenço Este é um manual de intolerância, de santa intolerância é certo, mas intolerância de qualquer modo. Agostinho tem indubitavelmente o dom da palavra. Provavelmente em latim estes textos serão quase poéticos. Porém a argumentação de Agostinho é muito fraca porque é tendenciosa. Tal argumentação serviu de base à teologia medieval, construída por outros santos intolerantes como Agostinho. A maior parte dos leitores desatentos julgam que Agostinho foi um debochado na sua juventude e que é esses pecados que ele aqui confessa. Quem assim pensa, não compreendeu nada. O Agostinho da juventude estava muito longe da moral normal dos jovens abastados desse tempo e ninguém, nem os seus inimigos, o consideravam o debochado. O grande pecado de Agostinho foi ter conhecido a doutrina cristã na infância através da mãe e posteriormente ter-lhe virado costas – talvez fosse a fase de lucidez da sua vida. Repare-se no tratamento literário dispensado à mãe cristã e ao pai ateu – de que nem sabemos o nome. De igual modo, a mãe de Adeodato também nunca é nomeada, sem que Agostinho a acuse de qualquer falha de carácter ou moral para além de não ser cristã. O tratamento que Agostinho dá às mulheres com excepção da mãe, prova duas coisas – era misógino e o menino mimado da mamã. Ao longo de toda a obra, tempo e espaço estão sujeitos à oposição entre a cidade de deus e a cidade dos homens. Poucos dados objectivos são relativos ao tempo e ao espaço da narrativa. Ambos são usados como pretexto. Para Agostinho o tempo tem importância por si, ao passo que o espaço só aparece em consequência da matéria. O sexo está implícito em toda a obra, mas apenas duas vezes está explícito (395). O sexo é a fonte de todos os pecados. Só no matrimónio e com vista à procriação é lícito. Mas virtuoso só é o celibatário. Antes de uma atitude gnosológica tem de estar uma atitude de fé. Livre -arbítrio é a capacidade que o homem tem de decidir por si. Liberdade é viver de acordo com os valores do bem, da virtude e do belo (Deus). Se a culpa é dos homens, o sadismo é dos deuses (Jean Marie Domnache). As confissões são o tema, não o assunto abordado. Este é antes o louvor a Deus. Mas, após a conversão não há mais confissões, só há louvor a Deus. Porquê? Não terá Agostinho consciência de ter pecado depois disso, ou terá antes consciência que esses pecados são mais gravosos? A edição é tendenciosa como se pode observar quer pela introdução quer pela natureza das notas, pelo que é de esperar que a tradução também o tenha sido. Além disso, o próprio autor só escreveu o que achou que devia ser escrito, o que servia a sua finalidade. Em conclusão, este é um manual de intolerância, de santa intolerância é certo, mas intolerância de qualquer modo. Está contido emThe Harvard Classics [50 Volume Set] por Charles William Eliot (indirecta) The Harvard Classics with Lectures [51 volumes] por Charles William Eliot (indirecta) ContémÉ resumida emTem como estudoTem um guia de estudo para estudantesPrémiosNotable Lists
One of the most influential religious books in the Christian tradition recalls crucial events in the author's life: his mid-4th-century origins in rural Algeria; the rise to a lavish lifestyle at the imperial court in Milan; his struggle with sexual desires; eventual renunciation of secular ambitions and marriage; and recovery of his Catholic faith. Não foram encontradas descrições de bibliotecas. |
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Google Books — A carregar... GénerosSistema Decimal de Melvil (DDC)270.2092Religions History, geographic treatment, biography of Christianity History of Christianity Period of ecumenic councils; Centralization (325-787)Classificação da Biblioteca do Congresso dos EUA (LCC)AvaliaçãoMédia:
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A maior parte dos leitores desatentos julgam que Agostinho foi um debochado na sua juventude e que é esses pecados que ele aqui confessa. Quem assim pensa, não compreendeu nada. O Agostinho da juventude estava muito longe da moral normal dos jovens abastados desse tempo e ninguém, nem os seus inimigos, o consideravam o debochado. O grande pecado de Agostinho foi ter conhecido a doutrina cristã na infância através da mãe e posteriormente ter-lhe virado costas – talvez fosse a fase de lucidez da sua vida. Repare-se no tratamento literário dispensado à mãe cristã e ao pai ateu – de que nem sabemos o nome. De igual modo, a mãe de Adeodato também nunca é nomeada, sem que Agostinho a acuse de qualquer falha de carácter ou moral para além de não ser cristã. O tratamento que Agostinho dá às mulheres com excepção da mãe, prova duas coisas – era misógino e o menino mimado da mamã.
Ao longo de toda a obra, tempo e espaço estão sujeitos à oposição entre a cidade de deus e a cidade dos homens. Poucos dados objectivos são relativos ao tempo e ao espaço da narrativa. Ambos são usados como pretexto.
Para Agostinho o tempo tem importância por si, ao passo que o espaço só aparece em consequência da matéria.
O sexo está implícito em toda a obra, mas apenas duas vezes está explícito (395). O sexo é a fonte de todos os pecados. Só no matrimónio e com vista à procriação é lícito. Mas virtuoso só é o celibatário.
Antes de uma atitude gnosológica tem de estar uma atitude de fé.
Livre -arbítrio é a capacidade que o homem tem de decidir por si. Liberdade é viver de acordo com os valores do bem, da virtude e do belo (Deus).
Se a culpa é dos homens, o sadismo é dos deuses (Jean Marie Domnache).
As confissões são o tema, não o assunto abordado. Este é antes o louvor a Deus. Mas, após a conversão não há mais confissões, só há louvor a Deus. Porquê? Não terá Agostinho consciência de ter pecado depois disso, ou terá antes consciência que esses pecados são mais gravosos?
A edição é tendenciosa como se pode observar quer pela introdução quer pela natureza das notas, pelo que é de esperar que a tradução também o tenha sido. Além disso, o próprio autor só escreveu o que achou que devia ser escrito, o que servia a sua finalidade.
Em conclusão, este é um manual de intolerância, de santa intolerância é certo, mas intolerância de qualquer modo. ( )