Carregue numa fotografia para ir para os Livros Google.
A carregar... Hitler: uma biografia (edição 2015)por Ian Kershaw, Lidia Geer
Informação Sobre a ObraHitler: A Biography {complete} por Ian Kershaw
A carregar...
Adira ao LibraryThing para descobrir se irá gostar deste livro. Ainda não há conversas na Discussão sobre este livro. «Nós não capitularemos. Nunca. Podemos perder. Mas levaremos o mundo connosco.» Adolf Hitler, 1945 "Hitler" é a aterradora e fascinante narrativa da ascensão de um provinciano rebelde, originário de um canto obscuro da Áustria, a líder de massas com um poder sem paralelo; de como umas ideias mal estruturadas e vis saídas da cabeça de um instável antigo estudante de arte se aglutinaram numa ideologia que durante doze anos ditou o destino de milhões de pessoas; e de como, na sua determinação em impor militarmente a sua vontade e em se esquivar aos seus muitos inimigos, Adolf Hitler iniciou um Armagedão genocida. Nenhum indivíduo pode ser o bode expiatório das vastas forças sociais, tecnológicas, económicas e militares que mudam as nossas sociedades – mas se alguma vez existiu um único indivíduo cujas ideias e personalidade moldaram essas forças e as encarnou, essa pessoa foi Hitler. Esta é a sua história, e Kershaw conta-a de uma forma brilhante. sem críticas | adicionar uma crítica
ContémLuck of the Devil: The Story of Operation Valkyrie por Ian Kershaw (indirecta) É uma versão resumida deNotable Lists
Referências a esta obra em recursos externos. Wikipédia em inglês (70)
A single-volume edition of a classic biographical work traces Hitler's life and addresses key questions about the nature of Nazi radicalism, the Holocaust, and the factors that enabled European society to permit his atrocities. Não foram encontradas descrições de bibliotecas. |
Current DiscussionsNenhum(a)Capas populares
Google Books — A carregar... GénerosSistema Decimal de Melvil (DDC)943.086092History and Geography Europe Germany and central Europe Historical periods of Germany Germany 1866- Third Reich 1933-1945 History, geographic treatment, biography Biographies, Diaries And JournalsClassificação da Biblioteca do Congresso dos EUA (LCC)AvaliaçãoMédia:
É você?Torne-se num Autor LibraryThing. |
Hitler era um sonhar inofensivo como tantos outros sonhadores. Porém, apesar do que dizem os poetas, nem todos os sonhos são bons. Todos quantos se deixaram seduzir pelos sonhos de Hitler e lhe proporcionaram as condições para materializar tais sonhos, deram por si a viver um pesadelo inimaginável e não havia como acordar e acabar o pesadelo. Para todos os outros, que não eram alemães, o sonho de Hitler foi apenas um pesadelo e um inferno.
Os judeus e o comunismo eram no ideário nazi a encarnação do diabo e do mal. Tal como o cristianismo nunca justificou racionalmente porque é que o diabo era mau, porque queria a perdição da humanidade, também a ideologia nazi nunca logrou explicar racionalmente como e porquê eram os judeus e o comunismo a grande ameaça para a Alemanha. Onde falhava a razão entrava a propaganda que apelando para o lugar-comum, para o preconceito e para o ódio, culpava os judeus e os comunistas por tudo quanto de mal aconteceu à Alemanha, a começar pela derrota em Novembro de 1918. Esta é uma lição que os eleitores dos “chegas” deste mundo deviam aprender: não se faz política com base em preconceitos mas sim em conceitos, pois a governação que se baseia no ódio e na diferença não traz consigo nada de bom.
A crise civilizacional e a regressão de valores que o autor descreve no final do epílogo, mostra que os líderes nazis não eram homens superiores, mas sim arruaceiros de rua que passaram a usar gravata, que faziam da lealdade incondicional a maior virtude, tal como uma máfia de criminosos. Esta lealdade só existia num sentido: da base para a cúpula. Hitler, por exemplo, não era leal a ninguém. Ao longo da sua vida traiu quase todos os seus principais servidores: Rohm, Halder, Zeitzeler, Guderian, Rundsedt, Goring, Himler, etc. Estranho é que encontrasse sempre alguém disponível para ocupar o lugar deixado vago, quando a única certeza era ter o mesmo destino do antecessor.
Recorrentemente coloca-se em dúvida que Hitler soubesse da existência dos campos da morte. Esta obra mostra que tal prática está em concordância com as ideias de Hitler expressas não só no Mein Kumpf, mas também em vários discursos ao longo da década de 30. O autor refere também que Hitler deu pouquíssimas ordens por escrito fora da esfera militar. A execução das suas determinações era feita pelos subordinados que interpretavam os desejos do Fuhrer e agiam em conformidade, naquilo que o autor designou por “trabalho em prol do Fuhrer”. Fica também patente nesta obra que nada de relevante se fazia no III Reich sem a autorização de Hitler. Por tudo isto não é possível absolver Hitler do genocídio, tanto mais que esse crime era a concretização da sua profecia de 1939 à qual tantas vezes se referiu posteriormente. Nesta profecia Hitler declarara que se a “judiaria internacional causasse uma nova guerra na Europa, seria a raça judaica que seria exterminada”.
A Alemanha perdeu a guerra em primeiro lugar devido à intromissão de Hitler na esfera militar. Ainda bem que foi assim. Deste modo ficou provado que o povo alemão e, sobretudo, a elite militar mereceu o destino que teve, porque nunca tiveram coragem de evitar a derrota. Hitler tinha razão numa coisa: o povo alemão não o merecia! Porém, como não tiveram coragem de enfrentar Hitler e evitar a derrota final, tendo seguido o seu pastor em direcção ao colapso absoluto, o povo alemão acabou por ser digno de Hitler e de merecer o destino que teve. ( )