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Artine Artinian (1907–2005)

Autor(a) de The Necklace {story}

1+ Work 132 Membros 7 Críticas

About the Author

Image credit: Artine Artinian

Obras por Artine Artinian

The Necklace {story} (1884) — Adaptor — 132 exemplares

Associated Works

The Complete Short Stories of Guy de Maupassant (1903) — Introdução — 411 exemplares

Etiquetado

Conhecimento Comum

Data de nascimento
1907-12-08
Data de falecimento
2005-11-19
Sexo
male
Nacionalidade
Armenia
USA
Ocupações
scholar
Organizações
Bard College

Membros

Críticas

Relido em 2022.

Vejo frequentemente certos autores baterem na tecla que deve-se, a princípio, ler não os grandes escritores, mas sim, aqueles que — além de clássicos — são também grandes compositores; escultores, carpinteiros em matéria de literatura. Aqueles que, de certa forma, nos permitem observar e apreciar a forma e o “esqueleto” da obra. Vislumbrar que a criação literária, ao contrário do pensamento popular, tem pouco de psicografia artística, e mais de transpiração laboriosa. Esse conto de 1883 é um desses casos. Há uma razão clara — e principalmente, técnica — que faz com que essa breve narrativa seja lida em Escolas e Universidades pelo mundo franco-anglófono afora.

Inveja, ironia, desejo, materialismo, são muitas as veredas que é possível desbravar e expandir o que foi suscitado (ou escancarado) pelo autor numa aula — além de que é inerentemente uma história ágil para os alunos; Maupassant não se atém em longas descrições, ele lhe pega pela mão e mostra onde acelera, e onde desacelera, suprindo cada necessidade, induzindo ritmo e uma dose certa de descrição na narração. A exemplo, são dezenas de anos que se passam em pouquíssimas páginas. Um bom exemplo da escrita do Maupassant você encontra logo nas primeiras páginas, onde em não mais que meia dúzia de parágrafos, ele insere o leitor na França da Madame Bovary e na psique da Mathilde (personagem central do conto). Sem firulas, sem exposição exagerada.

Em questão de temática, apesar do tema feminino, o questionamento e discussão a ser levantada após a leitura do conto é universal, e talvez por isso perdure tanto: fala, principalmente, sobre pessoas que derramam a sua energia vital, frustram-se, preocupam-se, cansam-se, e fazem de tudo para acumular riqueza e/ou impressionar os outros.

Por ser tão bonita quanto, ou até mais, que as outras abastadas Mademoiselles, Mathilde julga-se melhor e acima da situação atual dela e de seu marido, se vê condenada a um destanare cruel; vive de preços, e não de valores; por isso, condena a si mesma e perde o bem mais precioso de todos: o tempo. A troco de nada.

O final, irônico, não chega a ser triste, é um ''bem que ela mereceu'', mas insinua mudança. O que te faz pensar, no entanto, após terminar o conto, é que há aí pelo mundo uma quantidade imensa de Mathildes, e pior, que nunca cometeram ou cometerão os mesmos erros crassos da protagonista, ou seja, permanecerão a viver como a Mathilde-pré-colar por indefinidos tempos; na luxúria barata e nas fantasias quixotescas, até que o tempo, enfim, bata a porta; ou pior, que passe reto, implacável como sempre foi.

Alguns pontos adicionais a título de curiosidade: O Maupassant foi um venerável aluno do Flaubert, um dos maiores escritores da literatura universal; eu já havia lido outro conto dele na "Antologia da Literatura Fantástica" e, meu deus, como ambos diferem-se. O último ponto, que tem a ver com o anterior, é que, apesar dos dois contos que eu li dele deferirem bastante em dicção, temática e estilo, uma coisa se mantém, a forma de conto dele, que me parece bastante característica. Não tem uma ação central, um tempo uno, nesses dois contos, vislumbramos sim, um ponto narrativo central, mas passa a vida inteira das personagens após isso. Não sei se é uma forma de conto que me atraí tanto, ou se foi coincidência dos dois que eu peguei para ler se desenvolverem assim, mas gostei de ambos, até, e pretendo ler mais do Maupassant.
… (mais)
 
Assinalado
RolandoSMedeiros | 6 outras críticas | Aug 1, 2023 |
Guy de Maupassant was a master of irony and this is one of his most famous short stories. I remembered it from high school, but it was worth revisiting.

I wonder how often we punish ourselves in life because we envy others, try to keep up with the Joneses, or focus on the material world too much.
 
Assinalado
mattorsara | 6 outras críticas | Aug 11, 2022 |
Your typical Victorian short story. Simple, to the point storytelling, flighty characters who wish they were rich, and a nice ironic twist at the end that'll make you go, "ho ho ho, what idiots!" Very good fun.
 
Assinalado
cally-jean | 6 outras críticas | Aug 9, 2020 |
A short story with an ironic lesson for a greedy woman..
I remember reading this at school, the enjoyment wasn't diminished. The audio version was nicely done, courtesy of the audible studios, available free at audible channels.
 
Assinalado
asthepageturns | 6 outras críticas | Jun 13, 2019 |

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